sábado, 10 de julho de 2010

Fifa escreve sobre Maxi




Maxi Pereira: garra em qualquer posição






Jogadas de criação pela direita, dedicação em cada lance e agora até mesmo gols. Maximiliano Pereira tem feito tudo isso pelo Uruguai, uma seleção que surpreendeu a todos dentro e fora do país ao chegar às semifinais da Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010.
Seja como lateral ou como meia aberto pela direita, Pereira se transformou em titular absoluto de Oscar Tabárez, técnico do Uruguai, com humildade e sem fazer muito barulho. Os números comprovam a sua importância: "Maxi", como é chamado, é um dos três únicos jogadores do selecionado que esteve em campo todos os 570 minutos em gramados sul-africanos. Os outros dois são o goleiro Fernando Muslera e o volante Egidio Arévalo Ríos.
Mas as estatísticas não refletem totalmente a qualidade de Pereira na saída de jogo quando ele atua na defesa nem o perigo que ele leva quando carrega a bola até a linha de fundo ou entra em diagonal como meio-campista. A sua garra pode ser medida na prática se levarmos em conta a distância que ele já percorreu dentro de campo nas seis partidas que disputou neste Mundial: 66 quilômetros. Com esta marca, é o uruguaio que mais correu até agora na competição.
Primeiro gol com sabor amargoNa semifinal contra a Holanda, Pereira sentiu o prazer de balançar a rede pela primeira vez em 43 partidas jogando pela seleção. Apesar de ter deixado o Uruguai perto de uma vaga na decisão do Mundial, o gol que ele marcou não foi suficiente para virar o jogo. "Ainda é difícil calcular o valor deste gol por causa do gosto amargo que ficou por não termos conseguido o nosso objetivo", reconheceu o lateral em entrevista exclusiva ao FIFA.com. "Será um momento que ficará na lembrança, assim como o grande desempenho que tivemos no Mundial. Podemos ficar satisfeitos com o papel que fizemos, mas ainda não conseguimos esquecer o pequeno passo que faltou para nós."
A derrota deixou emoções semelhantes. "Foi uma sensação muito ruim", contou o camisa 16. "Ainda dói porque estávamos muito perto de disputar a final de uma Copa do Mundo. Perdemos um jogo equilibrado diante de uma seleção que é boa tanto individualmente quanto como grupo. Qual foi a diferença? Eles conseguiram fazer os gols na hora certa e nós nos desorganizamos. Depois que eles marcaram o terceiro, tudo ficou mais difícil."
Apesar da derrota, o jogador originário de Montevidéu e que fez 26 anos no dia 8 de junho sabe que sua seleção entrará para a história do futebol mundial. "Este grupo terá um lugar importante na história", disse. "Depois de ter sido campeão em 1930 e 1950, o Uruguai não chegava a uma semifinal há 40 anos. Por isso, apesar de termos ficado a um passo da decisão, conquistamos algo importante."
À espera da Alemanha na partida deste sábado pelo terceiro lugar do Mundial, Pereira sabe que a tarefa de subir ao pódio não será fácil. "É outro adversário como a Holanda: dinâmico, bem organizado e que conta com jogadores habilidosos", analisou. "No entanto, faremos o possível para ganhar. É evidente que não é a mesma coisa terminar em terceiro ou em quarto lugar. O nosso objetivo é terminar o mais alto possível neste torneio. Levar uma medalha para casa não seria pouca coisa. Tomara que possamos ganhá-la, para darmos uma vitória ao povo uruguaio."

Sem comentários:

Enviar um comentário