quinta-feira, 16 de julho de 2009

Benfica 2-0 shakhtar

13/07/2009 FUTEBOLVitória (2-0) sobre detentor da Taça UEFA
Este Benfica faz-se...
O Benfica venceu esta segunda-feira o Shakhtar Donetsk por 2-0 naquele que foi o capítulo final (em termos de jogos) do estágio na Suíça. A formação "encarnada" superiorizou-se aos ucranianos do Shakhtar Donetsk, equipa detentora da Taça UEFA. Uns primeiros 35 minutos de enorme qualidade, com o génio de Aimar à solta, e um final de jogo em estilo, mercê da boa resposta dos suplentes que entretanto entraram, foram notas a retirar de uma exibição que levou ao rubro os emigrantes lusos.A papel químicoO Benfica repetiu a fórmula da primeira parte do jogo com o Sion e, ante o detentor da Taça UEFA, a formação orientada por Jorge Jesus dominou por completo, não só apresentando elevada agressividade na procura da bola (notam-se bons princípios defensivos relativamente à colocação e ao timing aquando das mudanças da intensidade de pressão) como também na condução da mesma, quando em posse. O 4-4-2 em losango a ser, pois, bem interpretado numa equipa onde se estrearam Patric e Shaffer.De facto, quem tem Aimar, Carlos Martins e Di María como condutores das acções ofensivas só pode mesmo esperar que seja realizado um bom serviço aos avançados Saviola e Cardozo. Foi isso que aconteceu, com o "dez" a destacar-se pela magia que colocou dentro de campo. Túneis, passes de letra e desmarcações de grande qualidade foram imagens de marca num jogador que está a prometer mundos e fundos nesta pré-época.Mas foi outro argentino - Saviola - quem tirou um autêntico coelho da cartola aos sete minutos. O ex-madridista aproveitou um passe de Shaffer (agradável surpresa) e, após ganhar a linha de fundo, centrou de canhota para o cabeceamento implacável do inevitável Cardozo.Fortemente apoiado pelo muito público que quase encheu o Stade des Trois Chênes, em Chêne-Bourg (Genebra), o Benfica ampliou a contagem aos 24', num livre bem executado por Carlos Martins, após falta sobre Cardozo.Muito confortável com a bola nos pés (que nos parece ser a grande evolução nesta altura), o Benfica só não chegou ao terceiro ainda na primeira parte porque uma bomba de Cardozo, aos 29', saiu um pouco ao lado. A partir dos 35 minutos, no entanto, o cansaço começou a fazer-se sentir. Aproveitou o Shakhtar que, aos 37', esteve perto de marcar. Valeu a defesa de Quim para evitar o tiro de Ilsinho.Prova superadaEntrada, ainda assim, com o pé esquerdo no início da segunda parte, com Di María a lesionar-se e na mesma jogada os ucranianos a beneficiarem de uma grande penalidade. Só que Moretto, que entrara ao intervalo, susteve o remate de Jadson. O Shakhtar conseguiu, nessa fase inicial da etapa complementar, ser mais forte, mas valeu ao Benfica o espírito de entreajuda da defesa e as boas paradas de Moretto para garantir o nulo na sua baliza.Depois, e já com uma equipa totalmente renovada em campo, os "encarnados" partiram para um final de jogo em que garantiram novamente a posse de bola e ensaiaram mesmo algumas boas jogadas de contra-ataque, sendo de destacar aquela em que, a dois minutos do fim, Mantorras serviu Fábio Coentrão e este tentou colocar o esférico no ângulo superior direito. Uma tentativa que falhou por milímetros.Dados finais de um jogo em que o Benfica subiu alguns degraus relativamente ao que tinha mostrado ante o Sion. Este Benfica de Jesus... faz-se.Texto: Ricardo Soares

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