12/07/2009 FUTEBOLEmpate (2-2) na estreia
Uma hora de promessas
Um Benfica apresentando Maxi Pereira como capitão, Aimar nas costas da dupla Saviola/Cardozo e um 4-4-2 em losango deixou excelentes indicações ao longo de 60 minutos, impondo-se facilmente ao Sion, detentor da Taça da Suíça. Uma segunda parte menos fulgurante permitiu, ainda assim, à turma da casa chegar ao empate.Com o dedo de JesusJorge Jesus estreou-se como treinador do Benfica com o seguinte"onze": Moreira na baliza, Maxi Pereira, Roderick Miranda, Miguel Vítor e Sepsi na defesa; Yebda, Carlos Martins, Di María e Aimar formando o losango do meio campo; Saviola e Cardozo no ataque.Além das boas indicações dadas pelo novo sistema de jogo, foi notória a capacidade física revelada pela equipa quando não estava em posse de bola. Grande capacidade de pressão sobre a defesa contrária e, além disso, inteligência na forma de executá-la.Em resultado disso, mais pareceu ser o Sion (que realizou o seu terceiro jogo nesta pré-temporada) a equipa com menos tempo de trabalho nas pernas. A agressividade em termos defensivos (em todo o campo, com especial incidência num miolo onde o Benfica, mercê do referido losango, esteve quase sempre em superioridade) e a simplificação e aceleração de processos na fase de construção foram os elementos que mais nos impressionaram na partida disputada ante uma lotada plateia.De facto, os cerca de 15 mil adeptos presentes no Stade de Tourbillon puderam deliciar-se com a magia sul-americana que, na frente de ataque, fizeram a diferença. Se Cardozo, numa perfeita execução de um livre directo a que o guardião do Sion se opôs com espectacular voo, falhou a primeira tentativa, já aos 25' (um minuto depois dessemomento) fez a diferença com um toque de classe após cavalgada de Di María pela direita, numa jogada com a marca de Aimar (que desmarcou ocompatriota)O Benfica dominava a contenda e não espantou que aos 34', após uma bela jogada de Aimar (muito influente na sua posição de origem - número dez). O argentino ganhou as costas da defesa e quando se ia isolar foi derrubado por Mitrevski. Saviola, na transformação do castigo máximo, ampliou a vantagem e deixou os detentores da Taça da Suíça inconsoláveis.Resposta suíçaA segunda parte trouxe as inevitáveis substituições. Se Urreta já antes entrara para o lugar de Carlos Martins, ao intervalo foi Quim a substituir Moreira. Mas foi a tripla argentina a dar continuidade às diabruras da primeira parte quando, aos 51', Saviola e Aimar combinaram da melhor forma, libertando Di María que, após fintar o guarda-redes, não executou com eficácia.A partir dos 60 minutos, quando entraram Fellipe Bastos, Nuno Gomes e Nélson Oliveira, o Benfica variou em termos tácticos, regressando ao4-4-2 clássico da passada temporada. Urreta na direita, Di María (e mais tarde Fábio Coentrão) na esquerda, com Yebda e Fellipe Bastos no miolo e Nuno Gomes a fazer companhia a Nélson Oliveira na frente atacante.Mas dois momentos menos felizes em termos defensivos deitaram tudo a... empatar. Primeiro foi Serey, aos 64', a aproveitar um desentendimento entre Quim e Yebda para picar a bola para o fundo das redes. Depois, Dabo, num livre lateral, enganou o guardião "encarnado", empatando a contenda aos 74'.
Reagiu Jorge Jesus que, voltando ao 4-4-2 em losango, lançou Mantorras, recuando Nuno Gomes. Mas o resultado manteve-se até final.As emoções continuam já esta segunda-feira, quando o Benfica jogar ante o Shakhtar Donetsk, equipa ucraniana detentora da Taça UEFA.Ricardo Soares
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